O prefeito de Igarapé Grande, João Vitor Xavier (PDT), suspeito de matar a tiros o policial militar Geidson Thiago da Silva, se apresentou à Polícia Civil do Maranhão na tarde desta segunda-feira (7), em Presidente Dutra. O crime aconteceu na noite de domingo (6), durante uma vaquejada em Trizidela do Vale.
João Vitor Xavier chegou à Delegacia Regional de Presidente Dutra acompanhado de advogados de defesa e presta depoimento sobre o caso. De acordo com a polícia, em depoimento, o prefeito alegou que agiu em legítima defesa.
A Polícia Civil do Maranhão (PC-MA) tentava localizar o prefeito desde a noite de domingo. Nesta segunda-feira (7), a defesa de João Vitor informou que ele iria prestar os esclarecimentos sobre o caso.
De acordo com o delegado Ricardo Aragão, superintendente de Polícia Civil do Interior, a arma usada no crime ainda não foi entregue à polícia, mas a polícia tenta encontrá-la. Em depoimento, o prefeito teria dito à polícia que havia "se livrado" da arma.
"O prefeito está sendo interrogado na Delegacia Regional de Presidente Dutra e outros delegados responsáveis pelo caso acompanham o interrogatório. Estamos aguardando o encerramento para dar mais detalhes à sociedade. No depoimento do prefeito, ele disse que havia extraviado essa arma para não ser pego com ela, mas há a possibilidade de futuramente essa arma ser localizada. Segundo o delegado regional de Presidente Dutra, ele está tentando negociar com o prefeito a entrega da arma", explicou o superintendente em entrevista à rádio Mirante News FM.
Testemunhas do crime ainda estão sendo ouvidas pela Polícia Civil e outras provas devem ser analisadas para determinar se haverá ou não pedido de prisão preventiva contra o prefeito.
"Segundo o que apurei com o delegado em Presidente Dutra o prefeito disse que teria atirado e agido em legítima defesa. Essa tese, inclusive, deve ser sustentada pela defesa dele", disse Ricardo Aragão.
O delegado não informou se o prefeito será preso em flagrante mas explicou que, como ele apresentou espontaneamente, a Polícia Civil tem agora dez dias para finalizar o inquérito e solicitar o pedido de prisão preventiva dentro deste prazo. Por ser prefeito, João Vitor Xavier possui o foro privilegiado, ou seja, deverá ser julgado em tribunais superiores em vez de instâncias judiciais comuns.