O prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD), trava uma briga com os empresários do transporte público da cidade, em meio a uma greve dos rodoviários iniciada nesta segunda-feira (17). Em vídeo publicado nas redes sociais, o gestor municipal responsabilizou os consórcios e até propôs custear corridas de carros por aplicativo, enquanto durar a paralisação.
Na prática, segundo o prefeito, o dinheiro que iria para os empresários como subsídio, neste ano, será usado para a locomoção dos usuários do serviço público em meios de transporte individual. Para Braide, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (SET) se acostumou a usar os trabalhadores do setor para forçar o “aumento abusivo” das passagens.
“Essa greve que a nossa cidade está vivendo não é dos rodoviários. É dos empresários de ônibus. Ao longo de vários anos, esses empresários foram acostumados a usar os trabalhadores para deixar a população sem transporte e, com isso, forçar o município a autorizar um aumento abusivo nas passagens”, disse o prefeito.
Na Grande São Luís, cerca de 700 mil pessoas dependem do transporte público, diariamente. A greve é por tempo indeterminado, e os rodoviários cobram reajustes salarial e de benefícios, demandas protocoladas em novembro de 2024, segundo a categoria.
A Justiça do Trabalho determinou a circulação de 80% da frota de ônibus no período de greve, sob risco de multa diária de R$ 100 mil, em caso de descumprimento da decisão.
O Band.com.br procurou o SET por telefone e e-mail, a fim de cobrar um posicionamento sobre as declarações do prefeito. Até o fechamento desta reportagem, a entidade não respondeu ao nosso contato.
Mais cedo, o SET divulgou uma nota em que critica os rodoviários por paralisarem 100% da frota, na contramão da Justiça. O texto também informa que os empresários procuraram todos os meios de negociações para uma “solução viável para todos”.
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