A primeira suspeita foi presa no dia 23 de abril, na cidade de Carlos Barbosa, no Rio Grande do Sul. Segundo a investigação da Polícia Civil de Timon, ela seria a pessoa responsável pela manutenção da “disciplina” das mulheres que são membros de uma facção criminosa. Na casa dela, que fica próximo ao local onde as garotas foram mortas, a polícia encontrou roupas das vítimas.
Outras duas jovens foram presas no dia 24 de junho em Teresina, suspeitas de participação no duplo homicídio. No dia 28 de junho, uma quarta mulher foi presa suspeita de envolvimento nos crimes. Com ela, os policiais civis apreenderam 44 pedras de crack e foi autuada em flagrante em Teresina. Já no dia 13 de julho, outra envolvida no crime foi presa na cidade de Uruçuí, Sul do Piauí.
Na segunda-feira (19), uma sexta suspeita foi presa na cidade de Marabá, no Pará. A ação foi coordenada pela Delegacia de Homicídios de Timon, com participação da Polícia Civil do Pará, além do Departamento de Combate ao Crime Tecnológico.
Três suspeitos de participação no crime estão foragidos. São eles: Karina Ellen do Carmo Sousa, de Teresina, Johnny Willer Rodrigues de Souza, um dos líderes de organização criminosa, que reside em São Luís (MA), e Antônio de Deus Pereira, líder da organização no Piauí.
O delegado Antônio Valente revelou que a justiça também concedeu uma contraordem do mandado de prisão a outro investigado, líder de uma organização criminosa, que foi consultado durante as torturas antes das execuções.
"As identificações e prisões só foram possíveis com ajuda da comunidade e a integração das polícias do Maranhão, Piauí, Pará e Rio Grande do Sul, bem como a atuação do Ministério Público e do Judiciário", destacou.
Segundo a investigação da Polícia Civil de Timon, as duas vítimas não eram membros da facção, mas se relacionavam com pessoas que eram.
O “crime” das duas teria sido morar em locais dominados por facções rivais e serem amigas. Além disso, as duas teriam gravado vídeos fazendo com as mãos os símbolos das duas facções.
Por conta disso, no final de março as duas adolescentes, que moravam em Teresina, foram atraídas para a cidade de Timon, onde foram “julgadas” pelos membros de uma das facções.
Como “pena”, elas tiveram de cavar as próprias covas, foram espancadas com golpes de faca, pauladas, e assassinadas. O crime foi filmado pelos próprios criminosos.