A Justiça homologou a prisão de Tainá Sousa, encaminhando a influenciadora para o sistema penitenciário de São Luís, onde ficará enquanto responde pelos crimes de lavagem de dinheiro e pela suposta 'lista de execução' de autoridades.
A decisão foi do juiz Ernesto Guimarães Alves durante audiência de custódia realizada neste sábado (2), após a prisão preventiva realizada pela Polícia Civil, na última sexta-feira (1).
Tainá já foi encaminhada para o sistema penitenciário, conforme confirmado pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap). A foto de registro de prisão também já foi realizada.
A prisão de Tainá foi realizada pela Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic), com base em um mandado de prisão preventiva, no âmbito da Operação Dinheiro Sujo, que apontou que Tainá elaborou uma lista com nomes de autoridades públicas e profissionais da imprensa que estariam marcados para morrer.
Segundo a Polícia, os citados na lista são pessoas que atuam de forma ativa no combate aos jogos ilegais, especialmente o “Jogo do Tigrinho”, o que iria contra os planos da influenciadora.
A operação 'Dinheiro Sujo' foi realizada no dia 30 de agosto para cumprir mandados de busca e apreensão contra cinco influenciadores que fariam parte de um grupo criminoso liderado por Tainá.
De acordo com a polícia, o grupo utilizava redes sociais para divulgar o 'Jogo do Tigrinho', atraindo vítimas por meio de promessas enganosas de lucros rápidos e elevados. Os seguidores eram estimulados a se cadastrar e depositar valores em plataformas de jogos do tipo caça-níqueis, operadas por indivíduos que contratavam os influenciadores investigados para impulsionar a divulgação.
Além de Tainá Sousa, também foram alvos os influenciadores Maria Angélica, Otávio Filho, Otávio Vitor e Neto Duailibe. Para a polícia, todos usavam suas imagens para promover os jogos e levar as vítimas para um grupo de WhatsApp em nome da Tainá Sousa. O grupo também tinha uma advogada, que era encarregada pela lavagem de dinheiro, segundo a polícia.
"O grupo tinha suas subdivisões. Alguns deles eram responsáveis pela divulgação dos jogos de azar, principalmente no Instagram. Depois, com os valores que conseguiam, eles adquiriam carros de luxo e colocavam em nome de terceiros. Eles repassavam os valores através do sistema bancário para uma laranja, que lavava e pulverizava os valores em investimentos bancários", declarou o delegado Pedro Adão.
Como parte das medidas judiciais da operação, foi determinado o bloqueio de R$ 11.424.679,00 dos investigados, além do sequestro e apreensão de uma moto aquática e veículos de luxo, incluindo modelos como Range Rover Velar, Range Rover Evoque, BMW e Toyota Hilux.
Ainda segundo a Polícia Civil, Taíná já responde a processos judiciais por outros crimes. Em uma ação criminal, ela figura como ré por furtos continuados, após usar um cartão de crédito pertencente a uma pessoa falecida para realizar diversas compras no mesmo dia do óbito. Ela confessou os crimes e firmou acordo de não persecução penal, tendo o processo sido suspenso provisoriamente.
Além disso, a investigada também é alvo de um inquérito por maus-tratos a animais e incitação ao crime. As denúncias indicam que ela ofereceu bebidas alcoólicas e energéticas ao próprio cão de estimação, filmou a ação e publicou nas redes sociais.
Tainá, que tinha 127 mil seguidores no Instagram, também teve as redes sociais bloqueadas pela Justiça.