Dois homens, de 24 e 28 anos, foram presos suspeitos de integrar uma quadrilha especializada em ataques cibernéticos a bancos, causando um prejuízo de mais de R$ 100 milhões.
Eles foram detidos pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) no momento em que tentavam fazer um saque no valor de R$ 2 milhões em uma agência bancária na Avenida João Pinheiro, Região Centro-Sul de Belo Horizonte.
Segundo a polícia, a dupla recebia entre R$50 mil e R$200 mil para emprestar as contas bancárias para o esquema.
Os suspeitos são investigados por crimes de lavagem de dinheiro, fraude cibernética, falsificação de documento público, uso de documento falso e organização criminosa.
"Um dos suspeitos apresentou um contrato de compra e venda, que ele mesmo falsificou de um imóvel para justificar que ele teria vendido um imóvel nesse valor —R$ 2 milhões —que teria caído na conta dele", explicou o delegado da Polícia Civil Anderson Kopke.
De acordo com o delegado, o dinheiro faz parte de uma transferência no valor de 107 milhões de reais feita de uma agência do Banco da Amazônia, que funciona em Belém, capital do Pará. Mas o golpe começou na cidade de Santa Inês, no interior do Maranhão.
Roubo de senhas
Um gerente do Banco da Amazônia, que também participava do esquema de fraudes, foi preso na última sexta-feira (4), em Santa Inês.
De acordo com os policiais, nos dias 30 de junho e 1º de julho, ele implantou um dispositivo no caixas eletrônicos da agência onde trabalhava para capturar as senhas dos clientes. Depois ele conseguia desviar os valores para outras contas envolvidas no esquema.
Segundo a polícia, o dinheiro era distribuído em contas diferentes em 10 estados. Foram enviados mais de R$ 30 milhões para contas empresariais de Belo Horizonte.
As investigações tiveram o apoio da Polícia Civil do Estado do Pará.