Na manhã desta segunda-feira (9), em uma sessão extraordinária, a Câmara Municipal de Codó decidiu cassar o mandato do prefeito Dr. Zé Francisco, faltando apenas 22 dias para o término de seu mandato. A decisão foi tomada com o voto favorável de 13 vereadores, incluindo Valdeci Calixto, que atuou como relator do processo e recomendou a cassação do prefeito.
Entre os vereadores que votaram a favor da cassação estão Araújo Neto, Itamar da Saúde, Rodrigo Figueiredo, Raimundo Carlos, Evimar Barbosa, Gracinaldo Ferreira, Dedé do Zé Garimpeiro, André Jansen, Wanderson da Trizidela, Galileia, Delegado Rômulo Vasconcelos, Leonel Filho e Valdeci Calixto. O presidente da Câmara, Antônio Luz, também se posicionou a favor da medida. A sessão, no entanto, foi marcada pela ausência de cinco vereadores: Dr. Nelson, Dr. Mendes, Domingos Reis, Pastor Max e Leda Torres. A falta desses parlamentares gerou questionamentos, especialmente considerando decisões da justiça que apontavam vários erros em todo o processo de cassação.
Nos bastidores, informações reveladas em áudio vazado do vereador Delegado Rômulo Vasconcelos indicam que a cassação foi articulada por uma aliança entre o prefeito eleito Chiquinho FC, o ex-prefeito Zito Rolim, o deputado estadual Francisco Nagib e o vice-prefeito Camilo Figueiredo. Segundo o áudio, Camilo, que deve assumir o cargo ainda hoje, será o responsável por demitir centenas de funcionários contratados da Prefeitura de Codó para que Chiquinho FC possa assumir o governo sem grandes problemas para sua imagem. Além disso, o vereador Delegado Rômulo revelou que teria sido oferecido um valor de R$ 60 mil para cada vereador que aceitasse votar a favor da cassação do prefeito, o que levanta sérias suspeitas sobre a transparência e a legalidade do processo. Esses bastidores indicam que a decisão pode ter sido influenciada por interesses pessoais e políticos, em vez de ser um reflexo de uma análise imparcial dos fatos.
A cassação de Dr. Zé Francisco a poucos dias do fim de seu mandato levanta dúvidas sobre os reais motivos por trás da decisão e coloca em evidência o clima de tensão e disputa pelo poder em Codó. A população, que aguardava o término do mandato para dar início ao processo de transição, agora se vê envolta em um cenário de incertezas e sérias denúncias de corrupção que envolveram a cassação do atual prefeito.