Quase um mês após as eleições, a oposição em Caxias parece longe de aceitar a derrota nas urnas. Em uma tentativa aparentemente desesperada, o grupo perdedor busca a qualquer custo uma forma de invalidar o pleito, recorrendo a teorias conspiratórias e alegações que, muitas vezes, beiram o surreal. Com isso, o processo eleitoral, que transcorreu de forma legítima e transparente, é alvo de questionamentos infundados que mais parecem saídos de um roteiro de novela.
Dentre as acusações mais inusitadas, destaca-se a suposta interferência de inteligência artificial, como se um software pudesse, por si só, manipular a vontade dos eleitores. Além disso, circulam rumores de que haveria indícios de compra de votos – embora, até o momento, nenhum eleitor tenha procurado uma delegacia para formalizar uma denúncia, e a Polícia Federal ainda não encontrou evidências concretas que sustentem tais acusações.
Curiosamente, essas alegações se concentram apenas em Caxias, enquanto, em outras cidades do Maranhão, resultados apertados foram aceitos com tranquilidade. Em municípios onde a diferença de votos foi mínima, por vezes de apenas um voto, os candidatos derrotados aceitaram o desfecho sem recorrer a medidas drásticas ou questionar a validade do processo eleitoral.
A postura da oposição em Caxias revela, acima de tudo, uma dificuldade em aceitar a derrota. Em vez de reconhecer a decisão soberana das urnas, o grupo opta por teorias mirabolantes em busca de uma justificativa para o revés. No fundo, o que parece em jogo é o orgulho ferido daqueles que, confrontados com a realidade de uma vitória legítima, preferem atribuir a derrota a fatores externos, em uma tentativa quase caricata de não encarar o resultado eleitoral.